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Muitas vezes sabemos o quanto nos fará bem mudar um hábito, mas não temos força para fazê-lo. Seja melhorar a qualidade da alimentação, parar de fumar, ter uma vida mais ativa... Mas por que será que isso acontece?
Para saber é importante entender primeiro como o cérebro funciona num processo de mudança de comportamento.
O nosso cérebro funciona tentando poupar o máximo possível de energia. Você sabia disso?
Pois é! Quando fazemos algo repetidamente, nosso cérebro entende que não é preciso mais gastar energia naquele processo e então este processo passa a acontecer de forma automática, sem que a gente precise parar para pensar naquela ação. E é aí que se cria o hábito.
Mas até isso acontecer, leva um bom tempo. Por isso é mais inteligente para o nosso cérebro manter tudo como está e canalizar energia para outras atividades mais essenciais. É importante entender este mecanismo, porque muitas vezes cultivamos um hábito por anos e quando decidimos mudá-lo ficamos ansiosos para que aquilo aconteça rapidamente. Todos nós sabemos que não é bem assim.
Mudar hábitos é um processo longo e difícil, que pode levar meses e até anos. E não depende somente de ter foco, força e fé! Depende do quanto estamos comprometidos em aceitar o processo, que será de muitos erros, recaídas e retrocessos. E acreditar que o fato de falhar não significa que não tenho força de vontade, sou incapaz ou relaxado.
Para conseguir sair deste ciclo, precisamos entender a complexidade que é mudar algo já enraizado em nós. E ser mais gentil com a gente mesmo e com a nossa trajetória.
Aceitar as falhas e aprender com elas é essencial para que a mudança aconteça. Bem como ter paciência e dar tempo ao tempo. Por isso, o ideal é começar mudando aos poucos a nossa rotina, e nunca radicalmente.
Pequenas mudanças além de mais fáceis são mais duradouras, pois são mais viáveis de serem mantidas por muito mais tempo. E como vimos nosso cérebro precisa de um tempo para entender que houve uma mudança de comportamento e ligar o modo automático. Por isso, o ideal é estabelecer metas simples, que podem ser atingidas com mais facilidade. A chance de falha, frustração e desânimo é bem menor.
Ao invés de se propor a mudar sua alimentação de um extremo para o outro, busque incorporar pequenos hábitos no seu dia a dia até que eles façam parte da sua rotina de vez.
Por exemplo, ao invés de estabelecer que a partir de segunda você irá parar de comer besteiras e só comer alimentos saudáveis, que tal reduzir aos poucos as guloseimas? Ou então inserir devagar algumas verduras e legumes na sua rotina?
Ao invés de tentar ingerir dois litros de água por dia, por exemplo, comece com um copo, depois dois, depois três... ou então no lugar de cortar o doce, tente comer três vezes por semana, depois somente aos finais de semana, depois somente em ocasiões mais especiais.
Tente encontrar o caminho do meio.
Tudo no seu tempo e entendendo que é melhor continuar tentando e falhando do que simplesmente nem tentar por medo de falhar.
Agora que já compreendeu como nosso cérebro se comporta diante de uma nova condição, que tal trabalhar de forma mais tolerante ao seu processo de mudança?